sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Spaceport America ficará pronto no final de 2010

Dois anos depois de anunciado, começa nesta sexta-feira, a construção do primeiro porto espacial do mundo, o Spaceport America, no novo México (EUA). O porto servirá de base de lançamento para viagens espaciais de empresas privadas.
A Virgin Galatic que realiza viagens espaciais faz parte do projeto e assinou um acordo de 20 anos com o Estado do Novo México para realizar os lançamentos.


O “aeroporto” foi desenhado pelos escritorios londrinos da Foster + Partners, e parece ser tirado de Star Trek ou da Guerra das Estrelas. 45.000 pessoas ja se inscreveram para uma viagem cósmica, que custara nada menos do que…US $200.000 a viagem por pessoa.
O voo promete de viajar durante um tempo na altitude de 3.000 metros, para em seguida atingir a de 15.000 metros, e enfim atingir a linha Kármán, limite entre a Terra e o espaço. Esse passeio irá durar mais ou menos 2 horas, sendo que os clientes terão 5 minutos de ausência de peso/leveza. Antes do vôo o passageiro terá que passar 3 dias em treinamento.



O WK2 vai decolar como qualquer outra aeronave a jato, mas com a SS2 acoplada à parte inferior. Quando atinge uma altitude de 15 mil metros, o WK2 libera a SSE. Quando os pilotos da SS2 acionam a ignição do motor híbrido, o foguete SS2 acelera verticalmente com velocidade de Mach 3 durante cerca de 90 segundos (a tripulação vai experimentar força de 3 a 4 Gs nesse período) e subir mais de 91 mil metros. Depois que o motor é desligado, as asas serão desaceleradas para a reentrada. Nesse ponto, a SS2 terá atingido o ponto mais alto - cerca de 109 mil metros - e a tripulação vai experimentar a gravidade zero.

O Spaceport America deve ficar pronto até o fim de 2010. Seu valor é estimado em 198 milhões de dólares.


quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A máquina do fim do mundo!!!


O LHC (Grande Colisor de Hádrons) pode destruir o mundo?

O LHC permitirá que os cientistas observem colisões de partículas em um nível de energia muito mais alto do que em qualquer experiência prévia. Algumas pessoas se preocupam com a possibilidade de que essas poderosas reações causem sérios problemas à Terra. De fato, algumas estão tão preocupadas que abriram um processo contra o CERN em uma tentativa de adiar a ativação do LHC. Em março de 2008, Walter Wagner, que trabalhou no setor de segurança nuclear, e Luis Sancho foram os autores de um processo aberto no tribunal federal distrital dos Estados Unidos no Havaí. Eles alegavam que o LHC poderia destruir o mundo [fonte:MSNBC (em inglês)].

Ao promover colisões velozes e fortes entre prótons, o LHC fará com que eles se rompam em subpartículas atômicas menores. Essas minúsculas subpartículas são muito instáveis e só existem por frações de segundos antes de decair ou se recombinar a outras subpartículas. No entanto, de acordo com a teoria do Big Bang, toda a matéria do universo em seus primeiros momentos consistia nessas minúsculas subpartículas. À medida que o universo se expandia e se resfriava, elas se combinaram para formar partículas maiores, tais como prótons e nêutrons.

Qual é a base dessa preocupação? O LHC poderia criar algo capaz de destruir a vida tal como a conhecemos? O que exatamente poderia acontecer?

Um temor é o de que o LHC possa produzir buracos negros. Buracos negros são regiões nas quais a matéria se concentra em um ponto de densidade infinita. Cientistas do CERN admitem que o LHC seria capaz de produzir buracos negros, mas alegam que estes teriam escala subatômica e que entrariam em colapso quase imediato. Em contraste, os buracos negros estudados pelos astrônomos resultam do colapso de toda uma estrela. Existe uma grande diferença entre a massa de uma estrela e a de um próton.

Outra preocupação é que o LHC produza um material exótico (e até agora hipotético) conhecido como strangelets. O possível indício da presença de strangelets é especialmente perturbador. Os cosmologistas teorizam que os strangelets possam exercer um poderoso campo gravitacional que permitiria a destruição de toda vida do planeta.

Os cientistas do LHC descartam essa preocupação com múltiplas respostas.

· Eles apontam que strangelets são hipotéticos. Ninguém observou esse material no universo.

· Eles dizem que o campo eletromagnético em torno desse material repeliria a matéria normal e não a transformaria em mais nada.

· Eles dizem que mesmo que essa matéria exista, seria altamente instável e decairia de modo quase instantâneo.

· Os cientistas afirmam que raios cósmicos de alta energia produziriam material como esse naturalmente. Como a Terra continua existindo, eles acreditam que strangelets não sejam problema.

Outra partícula teórica que o LHC poderia gerar seria monopólo magnético. Baseado em uma teoria de P.A.M. Dirac, um monopólo é uma partícula que tem uma única carga magnética (norte ou sul) em vez de duas. A preocupação mencionada por Sancho e Wagner é a de que essas partículas possam dilacerar a matéria devido às suas cargas magnéticas desequilibradas. Cientistas doCERN (em inglês) discordam, alegando que, mesmo que os monopólos existam, não há motivo para temer que essas partículas possam causar tamanha destruição. De fato, pelo menos uma equipe de cientistas está tentando ativamente encontrar indícios de monopólos, na esperança de que o LHC produza alguns.

Outras preocupações quanto ao LHC incluem o medo de radiação e o fato de que produzirá as colisões de partículas de mais elevada energia já vistas na Terra. O CERN afirma que o LHC é extremamente seguro, com isolamento espesso que inclui 100 metros de terra sobre o túnel. Além disso, não pode haver pessoal presente no subsolo durante as experiências. Quanto a preocupações com as colisões, os cientistas apontam que elas acontecem o tempo todo na natureza, com os raios cósmicos de altas energias. Os raios colidem com oSol, com a Lua e com outros planetas, que continuam existindo sem sinal de danos. Com o LHC, essas colisões acontecerão em ambiente controlado. De outra forma, não há diferença alguma.

Com 15 petabytes de dados (o que equivale a 15 milhões de gigabyes) recolhidos pelos detectores do LHC a cada ano, os cientistas têm uma imensa tarefa diante deles. Como processar todas essas informações? Como determinar se você está estudando algo de significativo em meio a um conjunto de dados tão grande? Mesmo com o uso de um supercomputador, processar tanta informação pode demorar milhares de horas. A solução foi usar a computação em grade, onde os dados serão divididos e direcionados para vários computadores ao redor do mundo.